segunda-feira, 27 de julho de 2009

Viciada em compras*


Comprar uma bolsa, alguns acessórios para combinar e um par de sapatos da mesma cor. O que não passa de diversão para muitas mulheres é um problema sério para a jornalista Rebecca Bloomwood, na comédia "Os Delírios de Consumo de Becky Bloom", já em DVD.
Diferentemente de sua melhor amiga, Suze (Krysten Ritter), Becky (Isla Fisher, de "Três Vezes Amor") é viciada em vitrines e não resiste a um produto novo, mesmo que não vá utilizá-lo. Porém, ela só percebe o problema quando perde o emprego e tem de rebolar para pagar as faturas dos cartões de crédito.
A solução aparece quando surge na vida dela o belo e charmoso Luke (Hugh Dancy). Editor-chefe de uma revista de economia, ele a contrata para escrever sobre gastos pessoais. Para não decepcionar o moço, Becky, que não é a pessoa mais indicada para o cargo, chega até a procurar uma terapia em grupo.
No filme, baseado no livro homônimo, o diretor P.J. Hogan ("O Casamento do Meu Melhor Amigo") diz algumas verdades brincando. As hilárias confusões em que a protagonista se envolve também podem fazer o espectador refletir um pouco. Da Disney/ Buena Vista.


'Frost/Nixon' mostra conversa reveladora*



"Você admite que fez parte de um esquema e que infringiu a lei?". Foi com essa pergunta que o apresentador David Frost obteve, em 1977, uma resposta reveladora do então presidente americano Richard Nixon, em uma entrevista exclusiva do estadista após o escândalo Watergate.
O contexto em que isso ocorreu está registrado no longa "Frost/Nixon", disponível em DVD. Diante da acusação de ter compactuado com um assalto para espionar a sede do Comitê Nacional do Partido Democrata, Nixon renunciou à Presidência e ficou em silêncio por três anos. A história só ganhou novos contornos quando Frost lhe ofereceu dinheiro e ligou suas câmeras.
O filme mostra a condução dessa conversa, em um belo e coreografado duelo de titãs. De um lado, Nixon (Frank Langella) querendo uma chance para se explicar e voltar à política, de outro, Frost (Michael Sheen) lutando para decolar na carreira. Livre para recriar o ocorrido, o diretor Ron Howard ("Anjos e Demônios") constrói um ótimo drama político, que segura o espectador no sofá até o último minuto. Os protagonistas garantem uma boa parcela desse sucesso. Indicado ao Oscar. Da Universal.

*AGSP.